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Reeducação alimentar: O que é, como fazer e porque ela é essencial para o emagrecimento e manutenção da forma física
A reeducação alimentar é uma mudança de comportamento alimentar que consiste em um cardápio balanceado e é, sem dúvida, a melhor maneira para emagrecer de forma saudável.
12 Abril 2019
Reeducação alimentar: O que é, como fazer e porque ela é essencial para o emagrecimento e manutenção da forma física

Parte do princípio de que não é preciso deixar de comer tudo o que gosta e passar a comer somente comidas saudáveis de baixa caloria, é aprender a comer de tudo sem exageros e de forma equilibrada.

Qual o segredo da dieta?

Uma das maiores frustações das mulheres que desejam emagrecer é a perda inexistente ou insatisfatória de peso, mesmo após meses de dieta restritiva. Mas então, qual o segredo das famosas que conseguem emagrecer e manter a forma física? Reeducação alimentar. Como, por exemplo, o caso da apresentadora Patrícia Poeta que perdeu 10 kg após reeducar sua alimentação.

A importância da educação nutricional

​Lembro-me na época da faculdade quando não gostava muito da matéria de educação nutricional, mas hoje faço dela a base do meu trabalho. Nos dias de hoje há um despertar interessante quando é o assunto é desenvolver estilos de vida saudáveis e, a educação nutricional é, sem o dúvida, o principal pilar para um estilo de vida saudável.

Em se tratando da ciência da nutrição, a educação nutricional é um trabalho complexo, porém essencial. É fato cientificamente comprovado que a alimentação de má qualidade é fator de risco para várias doenças, e que a reeducação alimentar passa a ser a principal medida para reverter a tendência do elevado consumo de gorduras, açúcares e produtos industrializados.

Aprendendo a se alimentar

Afinal, aprender a comer é realmente necessário? Posso afirmar que sim, pois não comemos somente nutrientes, mas sim alimentos, e o significado deles na esfera social, afetiva, psicológica e nas relações sociais, traz novos sentidos e significados para o ato de comer.

Indivíduos com níveis de colesterol elevado, pressão alta, diabetes, excesso de peso entre outros fatores buscam uma orientação nutricional para melhorar a alimentação e consequentemente, cuidarem de sua saúde. Sendo cabível ao profissional da nutrição elaborar uma orientação para que a reeducação alimentar ocorra de maneira individualizada, priorizando os principais objetivos e levando em consideração a maior dificuldade do paciente para que tenha bons resultados.

Como se dá processo de reeducação alimentar?

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A alimentação não deve ser imposta com um cardápio fixo, monótono e sem alterações. Antes de tudo a mudança alimentar deve incluir um conjunto de alimentos e comportamentos saudáveis que dão prazer, que estejam culturalmente, socialmente e psicologicamente ligados ao indivíduo, desde que seja feito com equilíbrio e bom senso.

O processo de reeducação alimentar começa na primeira consulta entre paciente e nutricionista, é através da anamnese e da entrevista motivacional que o profissional discorre sobre os hábitos alimentares de seu paciente, bem como os tabus, dúvidas e crenças sobre a alimentação que fazem parte do seu conjunto de informações. Deve-se ainda buscar conhecimentos sobre possíveis intolerâncias/aversões alimentares e doenças associadas. É muito importante também o nutricionista dispor de dados comunicados sobre o estado emocional do indivíduo para que tenha subsídios para apoiá-lo durante esse processo de mudança.

Como deve ser feito o acompanhamento nutricional?

Dados antropométricos como peso, altura, dobras cutâneas são importantes para estimar a quantidade de gordura e massa magra do paciente, os dados bioquímicos, ou seja, exames laboratoriais, também são instrumentos importantes que fornecem auxílio para o acompanhamento da modificação dos hábitos alimentares.

E por último, mas não menos importante, é a frequência em que as consultas ocorrem, o máximo acompanhamento possível, permitirá a troca de experiência entre ambas as partes tornando esse processo de aprendizado/mudança menos árduo.

Sendo a alimentação um processo vital a vida e que acompanhará o indivíduo até o fim, é aconselhado que o relacionamento entre pessoa e comida esteja bem estruturado. É papel do nutricionista reforçar esses laços, através da reeducação alimentar, mostrando ao seu paciente as transformações que ocorrem em seu organismo durante o processo de nutrição e como escolhas erradas podem ocasionar um desequilíbrio, que poderá resultar em uma desordem metabólica ou até mesmo no desenvolvimento de uma doença crônica.

Mudar hábitos não é tarefa fácil, mas é possível. Essa mudança é de comum acordo entre paciente/profissional e deve ser entendida como um processo de descoberta, onde erros e acertos acontecerão em busca do equilíbrio, sem preconceitos ou culpas sobre o que se come e sim refletindo no como se come e com quem se come, apostando no bem-estar e no prazer físico e mental.

Fonte: Geração Fit