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Entendendo o Crescimento Muscular: A Influência de Diferentes Cargas no Treinamento Resistido
A análise metabólica realizada não demonstrou segregação entre os grupos ou pré e pós-treinamento, indicando que não houve diferença na resposta metabólica global.
15 Setembro 2023

O treinamento resistido (TR) é amplamente reconhecido como uma estratégia eficaz para promover o crescimento muscular, com benefícios significativos para o desempenho atlético e a saúde geral. Porém, ainda não entendemos completamente como é possível que o treinamento de resistência (TR) com pesos pesados e leves consiga produzir resultados semelhantes no crescimento dos músculos. Para preencher essa lacuna, um estudo recente investigou a ativação muscular e a resposta metabólica geral em sessões agudas de TR de alta e baixa carga.

Os resultados do estudo mostraram que tanto o TR de alta carga quanto o de baixa carga promovem o crescimento muscular semelhante, com poucas diferenças notáveis entre os dois em termos de resposta metabólica e espessura muscular. No entanto, uma maior amplitude do sinal eletromiográfico (sEMG), que é um indicador de ativação muscular, foi observada no grupo de alta carga.

Além disso, o estudo encontrou ligações entre as mudanças na grossura dos músculos e a presença de algumas substâncias (chamadas de metabólitos) nos dois grupos. Isso sugere que o tipo de peso que você levanta durante o treino pode alterar quais dessas substâncias aparecem mais durante o exercício. E isso pode, por sua vez, afetar como as proteínas são produzidas nos músculos e como eles crescem.

Essas descobertas são importantes porque nos ajudam a entender melhor como diferentes intensidades de treinamento resistido afetam o crescimento muscular. Elas também destacam a complexidade da resposta do corpo ao exercício e a necessidade de mais pesquisas nesta área para otimizar as estratégias de treinamento para indivíduos e atletas.

Os estudos futuros devem continuar a explorar os mecanismos responsáveis pelo crescimento muscular, especialmente em relação à resposta metabólica, a fim de maximizar os benefícios do treinamento resistido. Em última análise, entender esses processos pode nos ajudar a desenvolver abordagens de treinamento mais eficazes e personalizadas para atender às necessidades e objetivos específicos de cada indivíduo.

O estudo se propôs a analisar a hipertrofia, ativação muscular e resposta metabólica global dos grupos de alta carga (HL) e de baixa carga (LL). Descobriu-se maior ativação muscular do vasto lateral no grupo HL, sem diferenças nas respostas metabólicas entre os grupos. Correlações foram encontradas entre a hipertrofia muscular e os níveis de vários metabólitos, variando nos grupos HL e LL.

Diferenças foram notadas em comparação com um estudo anterior, possivelmente devido ao uso de exercícios e músculos diferentes, bem como ao recrutamento de fibras musculares. Apesar de limitações no uso da Eletromiografia (EMG) para inferir ativação muscular, a maior amplitude de EMG foi observada no grupo HL.

O acúmulo de metabólitos, frequentemente visto como um estímulo para a hipertrofia muscular, não apresentou diferenças significativas entre os grupos HL e LL. Entretanto, houve relação entre resposta metabólica e hipertrofia muscular. As correlações podem estar associadas ao tipo de fibras musculares ativadas e à demanda metabólica dos protocolos de treinamento.

A análise metabólica realizada não demonstrou segregação entre os grupos ou pré e pós-treinamento, indicando que não houve diferença na resposta metabólica global. Alterações foram observadas apenas em certos metabólitos específicos entre pré e pós-treinamento.

O estudo analisou a resposta metabólica pós-exercício resistido em dois grupos: alta carga (HL) e baixa carga (LL). A análise dos metabólitos ao longo do tempo revelou que não houve diferença significativa na resposta metabólica global entre HL e LL, tanto pré como pós-treinamento. No entanto, alterações significativas foram observadas em 3-hidroxiisovalerato (em ambos os grupos), asparagina (LL) e fenilalanina (HL).

A pesquisa de Gehlert et al. foi citada como uma referência anterior, apesar de não ter analisado o exercício de baixa carga. O estudo atual, portanto, fornece novas perspectivas sobre o metabolismo durante treinamentos de baixa e alta carga.

Seis metabólitos foram discutidos em detalhe - asparagina, 3-hidroxiisovalerato, acetoacetato, carnitina, creatina e fosfato de creatina - todos relacionados à produção de energia e às propriedades das fibras musculares. As observações sugerem que certos metabólitos podem estar associados à ativação de diferentes tipos de fibras musculares e suas contribuições para a hipertrofia muscular.

Outros metabólitos, fenilalanina e metionina, apresentaram correlação negativa com a espessura muscular em HL, possivelmente devido à sua incorporação nas proteínas sintetizadas. O oxipurinol, um inibidor da xantina oxidase, correlacionou-se positivamente com a espessura muscular em LL, possivelmente indicando um efeito protetor contra os danos causados pelos radicais livres durante o exercício.

Em suma, o estudo revela uma complexa interação entre o tipo de treinamento, a ativação de diferentes tipos de fibras musculares e as mudanças metabólicas que ocorrem durante o exercício. Essas descobertas podem ter implicações importantes para o desenvolvimento de estratégias de treinamento otimizadas.

O estudo concluiu que tanto o treinamento de resistência de alta carga (HL) quanto o de baixa carga (LL) para falha concêntrica geraram respostas metabólicas semelhantes e aumentaram a força e espessura dos músculos quadríceps, sendo que HL mostrou maior ativação muscular. Correlações foram identificadas entre certos metabólitos da primeira sessão de treinamento e o aumento da espessura muscular em HL e LL, relacionadas às características das fibras musculares ativadas e demandas metabólicas dos protocolos de treinamento (3-hidroxiisovalerato, asparagina, acetoacetato, carnitina, creatina, fosfato de creatina) e ao processo de síntese de proteínas (fenilalanina e metionina). Esses metabólitos tem potencial para serem usados como biomarcadores de hipertrofia muscular no futuro, embora mais pesquisas sejam necessárias para confirmar sua eficácia.

Confira o estudo na integra: https://www.scielo.br/j/rbme/a/5F9wK4ndtvsBzgr584t8x9m/

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