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Queda de cabelos em mulheres: tratamentos do problema
Sedentarismo é fator de risco para a alopecia ou calvície feminina, mas excesso de treinamento também é, assim como dietas restritivas com grande perda de peso, hipertensão e residir em área urbana.
19 Abril 2023

Uma das maiores queixas das mulheres na atualidade é a queda capilar exagerada. Mas porque isso está acontecendo?

A queda de cabelo ou alopecia de padrão feminino é altamente prevalente e tem grande impacto na qualidade de vida dessas mulheres. O tratamento da calvície é um grande desafio na prática clínica, pois muitas opções terapêuticas têm nível de evidência limitado e muitas vezes não atendem às expectativas das pacientes. A prática de exercícios físicos, por exemplo, pode ajudar ou atrapalhar, dependendo de variáveis:

- A prática do exercício físico regular melhora a queda capilar, segundo alguns estudos. Por exemplo, após seis meses de exercício, observou-se melhora de 31,21% na queda capilar, associada à melhora de sintomas de ansiedade e depressão. O grau de melhora da foi três vezes maior nas mulheres que realizaram exercícios aeróbicos por mais de 60 minutos;

- No entanto, o excesso de treinamento, o chamado overtraining, associado à grande perda de peso pode trazer malefícios aos cabelos. Isso porque o excesso de treino e o emagrecimento exagerado aumentam os níveis de cortisol e reduzem os níveis de estradiol na mulher, favorecendo a queda capilar a longo prazo.

Ou seja, exercícios físicos feitos de forma exagerada, overtraining e dietas alimentares muito restritivas podem causar o chamado eflúvio telogeno e pontecializar a queda capilar em algumas mulheres. O uso de alguns medicamentos contraceptivos e reposições hormonais pode também provocar ou favorecer a queda capilar.

Por outro lado, a gravidade da alopecia feminina foi associada ao sedentarismo, hipertensão arterial sistêmica e residir em área urbana. Sua patogênese ainda não foi totalmente elucidada, mas sabe-se da importância do papel dos andrógenos, além de evidências da participação de elementos genéticos, hormonais e ambientais. Por isso, o acompanhamento do médico é fundamental para analisar possíveis alterações e realizar o tratamento de forma correta.

Tratamentos

Um estudo epidemiológico recente realizado no Brasil mostrou uma prevalência geral de queda de cabelo de padrão feminino de 32,3% entre mulheres adultas, aumentando com a idade: de 8% na faixa entre 20 e 29 anos para 68% na faixa de 60 a 75 anos. Há tratamentos, entre eles:

Medicamentos

Hoje em dia, contamos com um arsenal terapêutico muito grande. Porém, há uma escassez de estudos clínicos mostrando uma eficácia significativa. Em uma metanálise recente, apenas o minoxidil tópico acumulou nível de evidência adequado terapêutico. Cerca de 18% dos pacientes que usam minoxidil tópico experimentam um aumento transitório na queda de cabelo nas primeiras semanas de tratamento.

É importante que os pacientes sejam alertados sobre essa possibilidade para evitar a interrupção precoce do tratamento; a adesão é essencial para o sucesso do uso da medicação. Os primeiros resultados aparecem após quatro a seis meses e, para mantê-los, o minoxidil deve ser mantido indefinidamente. Mas a adesão ao tratamento tópico pode ser um problema.

Desta forma, o uso de minoxidil oral visa aumentar a potência e melhorar a permanência no tratamento devido à sua maior comodidade quando comparado à aplicação tópica. Seus principais efeitos adversos são aumento da frequência cardíaca, edema e aumento de pêlos. Apesar do rápido crescimento da popularidade, ainda são necessários ensaios clínicos maiores comparando diferentes doses e seus resultados versus a terapia tópica tradicional.

Outra classe de medicamento é chamada de inibidores da enzima 5 alfa redutase (finasterida e dutasterida), que atua no tratamento da calvície masculina e corrobora a importância do andrógeno (DHT) em sua fisiopatogenia. No entanto, essa classe de medicamento não foi eficaz no tratamento em mulheres pós-menopausa. A menor resposta das mulheres a esse tipo de medicamento ocorre provavelmente devido ao envolvimento de mecanismos não hormonais que ainda não são totalmente compreendidos. A finasterida 1 mg/dia e a dutasterida 0,5 mg/dia têm indicação em bula no Brasil apenas para o tratamento da alopecia masculina. Seu uso em mulheres é off- label e deve ser usado com cautela em mulheres em idade fértil devido ao seu efeito teratogênico, bem como em mulheres com alto risco de câncer de mama.

A médica Luana Concha, da equipe Nutrindo Ideais explica: “Existem outros tratamentos que podem ser realizados com os antagonistas dos receptores androgênicos como espironolactona, ciproterona, flutamida, bicalutamida, principalmente quando o paciente apresenta sinais de hiperandrogenismo.”

Nutracêuticos

Já na linha dos nutracêuticos, há vários suplementos vitamínicos e produtos naturais, como saw palmetto, cafeína, melatonina, extratos marinhos, óleo de alecrim, procianidina, óleo de semente de abóbora, óleo de canabidiol e silício orgânico. São muito utilizados, tanto por demanda espontânea de pacientes quanto por indicação médica. 

O Colágeno e a Vitamina C diminuem a queda capilar e ainda criam uma película protetora em volta da fibra, protegendo os cabelos da ação do sol, secador, chapinha e do vento. Dessa forma, os fios ficam hidratados e resistêntes por mais tempo. Em outras palavras: assim como a queratina, o colágeno e a vitamina c são essenciais em tratamentos de reconstrução capilar.

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Procedimentos minimamente invasivos

Há ainda as possibilidades de procedimentos minimamente invasivos, como mesoterapia, microagulhamento, microinfusão de drogas na pele, plasma rico em plaquetas (PRP), toxina botulínica bem como o transporte capilar. Por fim, as opções são variadas e mais uma vez é importante o trabalho de equipe multidisciplinar para melhores resultados clínicos.

Afinal, para as mulheres, cabelos densos e saudáveis implicam em sentimentos de autoestima, autoconfiança, refletem sua capacidade de mudança, segurança e implicam em interação social.

Espero que tenha gostado do conteúdo que compartilhamos com você! Lembre-se de que a prática regular de exercícios e uma alimentação saudável são fundamentais para uma vida mais equilibrada!

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Fonte: ge.globo